Comumente utilizada para a obtenção de confiança, essa estratégia pode ser operada de duas maneiras:
1) Através da verdade:
O emissor expõe um fato particular verdadeiro, porém não tão grave quanto ele diz ser.
• Como ocorre: perguntando se pode confiar em você, é confidenciado um acontecimento que geralmente outras pessoas já até escutaram, ou, que não teria tanto problema assim caso houvesse um vazamento.
2) Através da mentira:
Com muito custo, o emissor confessa um episódio fictício e de grande peso através de um teatro de consequências.
• Como ocorre: criando uma atmosfera de curiosidade e urgência, abre-se um questionamento moral que provoca a reputação ao indagar se você é apto ou não para ouvir o segredo. Após alguma demora, o confidente revela o episódio dramático com ares de recompensa; mas ainda sob fortes exigências de que você não deve contá-lo a ninguém.
Independente de como são tramadas, as duas técnicas se afunilam na intenção de criar afinidade e retirar algo confidencial da vítima. O ato assemelha-se ao repasse da cédula falsa.
Em suma, é como se você ficasse em posição de devedor e sentisse a necessidade de retribuir o gesto de confiança com uma confissão também. Nisso, ocorre a troca da informação inautêntica pela informação de valor, e apenas um lado sai ganhando.