“Todos temos o nosso jeito de fazer as coisas. Temos o que nos foi ensinado diretamente. Temos os valores que a nossa cultura nos deu. Temos as lições que aprendemos por experiência. É compreensível então, quando vemos alguém fazendo as coisas de maneira totalmente diferente, presumir que essa pessoa está procedendo do jeito errado. Não é assim que deve ser, pensamos conosco mesmos.
Isto, os estoicos diriam, é uma receita para insensatez. "É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe.", disse Epicteto. Catão, o Velho, bisavô de Catão, o Jovem, cunhou uma máxima no seu famoso ensaio, Sobre Agricultura, que explicou as melhores práticas para a lavoura na era romana. "Tenha cuidado", disse ele sobre as práticas de gestão dos seus vizinhos, "para não se recusar precipitadamente a aprender com os outros.”
Só um idiota vira o nariz para como as outras pessoas fazem as coisas. Claro, nove em cada dez vezes, você está certo e eles estão errados. Mas, e essa única vez? Essa é a mudança do jogo.
Vale sempre lembrar que outras pessoas têm perspectivas diferentes, experiências diferentes e, em alguns casos, melhor formação do que você. E se eles tiverem descoberto um atalho?
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E se eles aprenderam, dolorosamente — através de tentativa e erro — algo que pode salvar você do sofrimento? Um sábio não deve permitir que a sua lógica e os seus hábitos se tornem rígidos ou que a sua mente se endureça em intolerância. Temos que estar receptivos. Não podemos ser precipitados ou desdenhosos. Há sempre algo a aprender — de todos e em qualquer situação.”
